Do livro Ramana Periya Puranam

Ramana Maharshi no seu cântico "Colar de Nove Joias (Necklace of Nine Gems)" revela:

"Arunachala mandou-me dar a conhecer ao mundo o seu verdadeiro estado de consciência, como o Eu no Coração de cada um, e assim destruir a falsa identidade que é o corpo."


“Não. A indagação ‘Quem sou eu?’ não é para ser usada como um mantra."



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O homem, como tal, é uma criação da mente dos opostos que apenas surge na vigília e no sonho

Assim, ele está capaz de ter períodos de percepção, de si e de tudo o que o cerca, quando se encontra nesses dois estados mentais. 

Durante o sono-profundo, essa percepção desaparece e, com ela, ele próprio, pois, na natureza, só a consciência contínua passa nesse estado por possuir existência própria. 

O sono-profundo não filtra o que é manifestação (o que é criado). 

Nos estados de vigília e sonho, devido ao fluxo avassalador de pensamentos que os caracteriza, a consciência está impedida de aflorar continuamente.    

E, normalmente, o homem ou desconhece que a sua verdadeira natureza é ser consciência permanentemente, ou, caso já tenha alguma compreensão dela, vive o dia-a-dia impossibilitado de a alcançar.   

Desse modo, a condição de ser humano é sempre a de não-realizado

O realizado, pelo contrário, já superou a condição humana, ou seja, não vive “aprisionado” na ilusão tecida pelos três estados da mente dualística: vigília, sonho e sono-profundo

Assim, o iluminado “reassumiu” para sempre a consciência permanente, isto é, transcendeu não só as fases alternadas de consciência e inconsciência que caracterizam a vigília e o sonho, como também a total inconsciência do sono-profundo. 

Nele, a mente dos opostos desapareceu

A noção de estar separado, a individualidade, esfumou-se

É Consciência Pura, o Absoluto.


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Porquê se agarrar ao pensamento “Quem sou eu”?


Ramana Maharshi recomenda a prática da autoinquirição “Quem sou eu?”, como a forma mais directa de encontrar a Consciência Pura, a Fonte do “eu”. 

Durante a sua execução, deve-se concentrar no sentimento interno de “eu” ou “eu sou” ou ainda no sentimento de ser.


Este processo faz com que a consciência se vire sobre si mesma em busca da sua Fonte, o Eu Superior.


Uma vez chegados aqui, a Consciência tomará conta de si própria e não haverá mais esforço algum.


Vamos, então, prestar atenção no que nos ensina Ramana Maharshi:   



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O “eu”, a Quietude e o “Eu-Eu”

                         
Livro: Ramana Maharshi Ensinamentos Espirituais

Deus é um Deus pessoal?

Sim. Ele é sempre a primeira pessoa, o “Eu”, sempre à frente de si. Como a sua pessoa dá precedência às coisas do mundo, Deus parece ter-se retirado para um segundo plano.

Se deixar tudo de lado e buscar apenas Ele, apenas Ele permanecerá como “Eu”, o Eu Superior.


Página 112 



Todas as acções que o corpo realizará já estão decididas quando este corpo começa a existir: a única liberdade que se tem é a de se identificar ou não ao corpo.

Se não fosse pela nossa crença de que o mundo é real seria muito fácil para nós obtermos a revelação do Ser. O maior assombro é este − que nós, apesar de sermos sempre o Ser Real, nos esforçamos para nos unir a Ele. Surgirá o dia em que nos riremos dos nossos esforços actuais para atingir essa finalidade. Mas isso, que acontecerá nesse dia de risos, existe mesmo actualmente a Verdade. Pois não temos de nos transformar nesse Ser? Nós somos Ele.

Descubra quem é o predestinado e quem tem o livre-arbítrio?


Livro: Ramana meu Mestre

PERGUNTA DE DEVOTO: "Porque o Ser se manifestou então sob a forma deste mundo de misérias?"

RAMANA: "O Ser é o manifestador imanifestado. Quem lhe disse que ele está manifestado? Os seus olhos não se podem ver. Mas coloque-se diante de um espelho e eles poderão enxergar-se. Acontece o mesmo com a criação. Veja a si mesmo primeiramente e em seguida você verá que não existe nada além do Ser Supremo."

Excerto extraído do livro Ramana meu Mestre de Sri Maha Krishna Swami (pag.123). Livro editado por Bhagavan Sri Ramanashram e SMKS - Brasil.


Na sequência sobre o que Ramana Maharshi nos ensina para nos libertarmos daquilo que nos parece ser uma fatalidade, o sofrimento

Ramana diz-nos no livro Ensinamentos Espirituais, página 94, 2ª resposta:

Deixe tudo a cargo do Mestre. Entregue-se a ele sem reservas.

Uma das duas coisas seguintes deve ser feita:

entregar-se, porque percebe a sua falta de habilidade e precisa da ajuda de um Poder Superior; 

ou

investigar* a causa do sofrimento, ir até à Fonte* e, então, unir-se ao Eu Superior.

Libertar-se-á do sofrimento através de uma dessas formas. Deus e o Guru jamais esquecem o devoto que se entrega.
  • Investigar para Ramana significa praticar todos os dias a Auto-Inquirição “Quem Sou Eu?”.
  • Fonte para Ramana significa Consciência (consciência pura, isto é, sem nenhum pensamento ou emoção que seja). 
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