☀
O homem, como tal, é uma criação da mente dos opostos que apenas surge na vigília e no sonho.
Assim, ele só está capaz de ter períodos de percepção, de si e de tudo o que o cerca, quando se encontra nesses dois estados mentais.
Durante o sono-profundo, essa percepção desaparece e, com ela, ele próprio, pois, na natureza, só a consciência contínua passa nesse estado por possuir existência própria.
O sono-profundo não filtra o que é manifestação (o que é criado).
Nos estados de vigília e sonho, devido ao fluxo avassalador de pensamentos que os caracteriza, a consciência está impedida de aflorar continuamente.
E, normalmente, o homem ou desconhece que a sua verdadeira natureza é ser consciência permanentemente, ou, caso já tenha alguma compreensão dela, vive o dia-a-dia impossibilitado de a alcançar.
Desse modo, a condição de ser humano é sempre a de não-realizado.
O realizado, pelo contrário, já superou a condição humana, ou seja, não vive “aprisionado” na ilusão tecida pelos três estados da mente dualística: vigília, sonho e sono-profundo.
Assim, o iluminado “reassumiu” para sempre a consciência permanente, isto é, transcendeu não só as fases alternadas de consciência e inconsciência que caracterizam a vigília e o sonho, como também a total inconsciência do sono-profundo.
Nele, a mente dos opostos desapareceu.
A noção de estar separado, a individualidade, esfumou-se.
É Consciência Pura, o Absoluto.
Ler mais...